Uma das principais vozes de oposição à gestão de Marco Polo Del Nero no comando da Confederação Brasileira de Futebol estava no voo da Chapecoense que caiu na Colômbia. Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol, havia sido convidado pelo time para acompanhar a equipe durante a final da Copa Sul-Americana.
Peixoto foi deputado federal durante o período militar pelo MDB. Em 1985, tornou-se presidente da federação de Santa Catarina, posição que manteve por mais de 30 anos. No futebol, ele também matinha o cargo de vice-presidente da CBF.
E foi na Confederação Brasileira que ele teve destaque nos últimos anos por se opor a Del Nero. Peixoto deveria assumir o cargo de presidente da CBF no ano passado, com o afastamento do atual mandatário. Del Nero, no entanto, fez uma manobra para colocar Coronel Nunes como um dos vice-presidentes da entidade.
Quando o ex-presidente da Federação Paulista se afastou da CBF, Coronel Nunes assumiu o posto temporariamente. A situação o afastou ainda mais de Peixoto. Na ocasião, o dirigente lançou uma nota oficial, com acusação de golpe na entidade.
Para assumir a presidência, Peixoto prometia limpar a CBF, além de criar ligas independentes para a Série A e B do Brasileirão.