O Palmeiras, em parceria com a WTorre, está reconstruindo o Arena Palestra e já afirmou publicamente mais de uma vez que pretende vender os naming rights do estádio. A meta, conseguir oferta de R$ 350 milhões por 20 anos, contudo, ainda segue distante, e a dupla espera que a chegada da futura operadora facilite negociações.
Até o momento, a Traffic, encarregada de comercializar propriedades relativas à nova arena, negocia com Unimed e outras quatro companhias. A proposta mais alta, segundo apurou a Máquina do Esporte com fonte ligada à construtora, ainda representa apenas cerca de 20% dos R$ 350 milhões pretendidos, mas não há pressa.
A sensação diante dessas tratativas é que o mercado ainda não está seguro em relação ao futuro do estádio, então a contratação de uma operadora fará com que as empresas vejam avanços efetivos. O calendário de espetáculos preliminar, por exemplo, passará a ser oficial, tornando argumentos dos vendedores mais convincentes.
A expectativa é que a Arena Palestra, batizada ou não com nome de patrocinadora, receba em torno de 35 jogos de futebol por ano, 50 shows em anfiteatro e 12 a 15 espetáculos sobre o gramado. Esses números, além da infraestrutura propriamente dita, justificaram a meta financeira imposta, embasada por referências internacionais.
No Brasil, ainda não foi realizado nenhum negócio similar. O Atlético-PR chegou a ceder os naming rights da Arena da Baixada para a Kyocera na década passada, mas o patrocínio envolvia outras propriedades, como espaço em camisa, e portanto não serve como comparação. Por essa razão, entende-se que a negociação será lenta.
A volta das obras, paralisadas em meados deste ano, também é avaliada como trunfo para elevar as ofertas recebidas. Desde que as máquinas voltaram a funcionar na Arena Palestra, a Traffic passou a visitar empresas com maior frequência. Ainda não há, por fim, prazo confiável para a venda dos naming rights.
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