O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, pediu ao Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) que o imbróglio envolvendo a futura rede de franquias, prometida desde junho deste ano, seja resolvido nesta quinta-feira (15). Há duas empresas concorrendo pela gestão do projeto, e o confronto entre ambas rachou o clube.
O órgão interno da equipe alviverde, presidido por Alberto Strufaldi, irá analisar as propostas feitas por SPR Franquias, gestora das franquias de Corinthians, São Paulo e Vasco, e Meltex, empresa voltada para distribuição e gestão de marcas que tem planos para penetrar nesse mercado. As ofertas, na verdade, são similares.
A SPR ofereceu ao Palmeiras, entre luvas e adiantamentos, em torno de R$ 12,5 milhões para administrar as franquias do clube palestrino. A empresa possui vantagens sobre a concorrente no que diz respeito à experiência na área. A “Poderoso Timão”, loja corintiana, com mais de 100 unidades, é um caso sem igual no mercado.
A Meltex, por outro lado, possui proposta ligeiramente melhor. Com aporte inicial de aproximadamente R$ 13,5 milhões, a empresa, embora não tenha know-how nessa espécie de gestão, leva vantagem em determinados pontos. Oferece, por exemplo, dois tipos de royalties, em vez de um, e mais benefícios aos franqueados.
Ambas as propostas, na verdade, já estão inflacionadas. Há mais de dois anos, quando Luiz Gonzaga Belluzzo era o presidente do clube, a SPR já negociava a criação da rede de franquias palmeirense, e a oferta estava em torno de R$ 5 milhões. A chegada da concorrente e uma guerra política causaram um leilão dentro do clube.
Os argumentos usados por dirigentes desde o início estão muito pouco ligados aos benefícios que cada empresa oferece. Desde o início, a SPR tem sido apoiada internamente por nomes como Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Afonso Della Monica, ex-presidente, e Rubens Reis, diretor de marketing.
Do outro lado, está Mustafá Contursi, outro ex-presidente, e seus correligionários. Essa ala da política palmeirense não é favorável ao acerto com a Meltex, e sim contrária à chegada da SPR. Um dos principais argumentos dessa “oposição” está no fato de a empresa já ser parceira muito próxima do principal rival, Corinthians.
Diante desse confronto político e de ofertas muito similares, Arnaldo Tirone preferiu não se posicionar e levou a escolha para diferentes esferas. Diretores, vice-presidentes e departamento financeiro, contudo, não conseguiram atingir maioria, e então o presidente do Palmeiras decidiu levar o assunto para o COF do clube.
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