Para tornar a entidade mais atraente para o mercado, a CBVela (Confederação Brasileira de Vela) tem realizado uma série de mudanças em seu estatuto.
A mais importante está na abertura para que toda a comunidade da vela possa votar na próxima eleição à presidência da entidade, em 2020.
Com a abertura, a entidade calcula que haverá cerca de 2.000 votantes no pleito, que terá a participação de atletas, treinadores e oficiais de prova.
Para votar, o indivíduo terá apenas que comprovar participação em uma prova oficial nos últimos 12 meses. Todos os medalhistas olímpicos, aposentados ou não, também terão direito a voto.
“A gente tem muito orgulho do que fizemos na vela. Mas não queremos fazer disso uma bandeira. Cada modalidade deve procurar o seu melhor modelo de governança”, afirmou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela, em entrevista à Máquina do Esporte, esquivando-se de defender que a iniciativa seja abraçada por outras entidades olímpicas.
Os detalhes do pleito serão definidos pela comissão eleitoral apenas em 2020. Há a possibilidade de haver votação online ou física nas federações estaduais e iates clubes filiados à CBVela.
Outra alteração importante foi o estabelecimento de um Conselho Estratégico, responsável pelas principais decisões para a modalidade, cujos membros ainda serão definidos. Outra mudança foi separar o mandato do Conselho Fiscal do mandato do presidente, em estratégia para dar maior autonomia na fiscalização das contas da entidade.
“A vela é um esporte que está investindo em gestão, governança e transparência. Estamos abertos a novos parceiros”, afirmou Ribeiro.
Atualmente, a entidade conta com patrocínio da Energisa para o programa Vela Jovem. A CBVela também discute novo contrato com o Bradesco, encerrado no final do ano passado.
“As conversas estão bem adiantadas. Tudo indica que [o banco] vai continuar”, afirmou o dirigente.
Em junho, a CBVela irá mudar de sede, da região da Cinelândia (centro do Rio) para a Marina da Glória, mesmo local que abrigou as competições da modalidade durante a Olimpíada de 2016.
“A vela tem o legado da Marina da Glória, com uma infraestrutura para a realização de eventos internacionais de grande porte. A ideia é aproveitar [a mudança de sede] para homenagear todos os medalhistas olímpicos da vela. Aproveitar que todos estão vivos”, conta Ribeiro, que espera ter renovado com o Bradesco até lá.