O período da Copa do Mundo é complicado para as empresas aéreas. Ainda que haja um significativo aumento no número de turistas de lazer, as viagens de negócios, que representam a maioria das vendas para as companhias, têm queda acentuada. Para a Avianca, no entanto, o período anterior ao Mundial compensou a atual turbulência.
Em declaração ao site da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, o presidente da Avianca, Tarcisio Gargioni, afirmou que o primeiro quadrimestre de 2014 foi o melhor para a companhia em 15 anos. Isso compensou o momento atual em que o fluxo de passageiros tem queda de até 25% em relação ao mesmo período de 2013.
A justificativa é a antecipação de eventos de negócios. Hoje, as viagens do tipo representam 70% dos passageiros que usam a Avianca para viajar. E isso não é exclusividade da empresa. Em abril, o presidente da Anac, Marcelo Pacheco dos Guaranys, chegou a fazer uma declaração à Comissão de Viação e Transporte para ressaltar que a queda aconteceria para as companhias durante a Copa do Mundo.
A queda não impediu que as companhias aéreas investissem em suas comunicações. A Gol patrocina a seleção brasileira, a TAM fez campanha com jogadores e a Azul fechou parceria com a Bandeirantes na cobertura do Mundial. Neste ano, a empresa chegou a afirmar à Máquina do Esporte que os investimentos visavam amenizar a diminuição do fluxo de passageiros nos meses de junho e julho.
Para a Avianca de Gargioni, o setor tem pelo menos um grande motivo para celebrar a Copa do Mundo. “Tivemos melhorias na infraestrutura aeroportuária que vão ficar ao longo dos anos. Aeroportos concessionados, em São Paulo e Brasília, foram importantes para a estruturação da malha. E os demais aeroportos da Infraero, nas 12 cidades-sede, receberam várias obras e melhorias que vão ficar”, afirmou.