Em encontro promovido nesta sexta-feira pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o Ministério do Esporte demonstrou preocupação com a falta de conhecimento das empresas quanto à Lei de Incentivo ao Esporte. Dos associados ao grupo representado, apenas 20% fazem uso do artifício em suas ações.
Segundo o diretor do departamento de incentivo e fomento ao esporte do Ministério do Esporte, Ricardo Cappelli, o que falta é divulgação. “Precisamos de oportunidades de encontros para que empresas que nunca estiveram envolvidas com o esporte possam começar a se envolver”, afirmou.
Cappelli prometeu que, no próximo semestre, a publicidade em torno da Lei de Incentivo ao Esporte não estará restrita a encontros como o promovido nesta sexta-feira. O Ministério do Esporte fará uma campanha aberta para divulgar a possibilidade, para atingir empresas grandes, mas também as pequenas que podem fazer uso da Lei.
Quanto ao encontro, Cappelli afirmou que a presença de empresários reforça a segurança dos projetos. “Quando eu falo, por eu ser o governo, tem um peso menor. Quando um empresário fala, existe uma maior credibilidade de que a Lei de Incentivo é séria, simples e transparente”, afirmou.
O responsável pelo discurso dos empresários foi o presidente do Lide Esporte, Paulo Nigro, que também é presidente da Tetra Pak. O executivo reforça que o que falta às empresas é conhecimento da Lei e também desconfiança no investimento.
“Eu vejo uma inércia muito grande das empresas. Para entrar na Lei de Incentivo, basta escolher um projeto que se encaixa na imagem da marca e assinar. É fácil, não há riscos e empresa ainda ganha projeção com o esporte”, explicou Nigro.
Apesar de ainda não conseguir chegar a todas as empresas, o Ministério do Esporte declarou que brigará para aumentar a porcentagem de benefício fiscal que uma empresa poderá ceder à Lei. Hoje, o número está em apenas 1%. O objetivo é se equiparar à Lei Rouanet, de incentivo à cultura, que chega a 4%.