A história é quase sempre a mesma em locais bastante diferentes. Seja em governos e prefeituras, seja em clubes de futebol, quando nova gestão assume o comando, trata de alterar ou até eliminar projetos que vinham sendo executados pela direção anterior. O Paraná, com diretoria reformulada, está cansado dessa prática.
O clube paranaense nomeou em janeiro 15 nomes para comandar vice-presidências das mais variadas naturezas, desde futebol e patrimônio até assuntos internacionais. O departamento de marketing, especificamente, será liderado por Vladimir Carvalho, publicitário, integrante do grupo que está no Paraná há cerca de três anos.
“A missão desse grupo é fazer trabalho de médio e longo prazos, olhando para 2012”, explica o vice-presidente à Máquina do Esporte. Para que esses projetos não sejam quebrados por eventuais novas gestões, pretende-se alterar o estatuto do clube. Uma vez criado, esse “dispositivo” garantiria a continuidade de ações.
“Anteriormente, como presidente e diretoria trocam a cada dois anos, alguns projetos eram deixados de lado e outros eram começados, de acordo com o perfil de quem assumisse”, detalha Carvalho. “Isso fragmenta, dificulta, então estamos fazendo planejamento com metas, objetivos, e os próximos terão de seguir para não ficar lacunas”.
Por ora, ainda não se sabe exatamente o que será alterado no estatuto do clube. Como novos vice-presidentes assumiram há pouco mais de uma semana, o discurso se restringe às tentativas de profissionalizar a gestão do Paraná, cortar custos e captar recursos. A maneira como esse processo se dará, porém, permanece incógnita.