A proposta tardia da Triunfo para reformar a Arena da Baixada, de modo a colocá-la entre as sedes da Copa do Mundo de 2014, não deve ameaçar a oferta feita pela OAS. Depois de entregar o projeto fora do prazo imposto pelo Atlético Paranaense, a construtora desagradou autoridades presentes na reunião que fez na última terça-feira (5).
O modelo de negócios proposto pela construtora paranaense, segundo apurou a Máquina do Esporte, não atende ao que clube e órgãos governamentais esperam para viabilizar a obra. A Triunfo rejeita, como principal questão, usar os R$ 90 milhões oferecidos por prefeitura e governo do Estado em potencial construtivo.
O uso de potencial construtivo para viabilizar a reforma da Arena da Baixada, na verdade, foi uma das maiores polêmicas na inclusão do estádio na Copa. Houve discussões em diferentes inst”ncias sobre essa ferramenta, que, na prática, significa ceder a terceiros o poder de construir além da metragem estabelecida pela legislação.
Depois de tantas negociações entre políticos curitibanos e paranaenses para que o potencial construtivo fosse aprovado e pudesse ser usado no negócio, contrariar o uso não agradou. Há também imposições para que o Atlético-PR se responsabilize por notas fiscais e pagamento de funcionários, entre outros “problemas”.
A construtora, por fim, ainda afirmou que não pretende utilizar as linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado (FDE). Por todas essas razões, a modelagem financeira oferecida terá de ser alterada, ou será rejeitada.
“A proposta da Triunfo difere completamente do que o Atlético-PR precisa para colocar a Arena da Baixada no Mundial, então estamos muito mais próximos da OAS”, conclui Mario Celso Cunha, secretário do Estado do Paraná para a Copa do Mundo de 2014. O modelo final deverá ser aprovado pelo clube em 25 de julho.
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