Cada um dos cinco principais parceiros do clube optou por um caminho
Um dia após a conquista da Copa Kia do Brasil de 2011 pelo Vasco, título de expressão nacional, algo que a equipe carioca não vencia desde a Copa João Havelange, em 2000, os patrocinadores do clube cruzmaltino celebraram a vitória, cada um à sua maneira. Houve anúncios, homenagens, produtos alusivos, enfim, opções distintas.
Quem apostou mais apostou no relacionamento com a torcida, eufórica após a conquista do campeonato, foi a Brahma, pertencente à Ambev. A cervejaria montou trio elétrico para levar os jogadores até o estádio São Januário, no qual montou um túnel inflável em formato de “trem-bala”, alcunha adotada pelos torcedores para designar o time.
Outro patrocinador que buscou estreitar laços com torcedores vascaínos foi a Ale, porém com foco no pré-jogo. A rede de postos de combustível bancou a gasolina ou o álcool do fã do clube que estava no Rio de Janeiro e queria ir de carro a Curitiba para assistir à partida. Depois da conquista, restringiu-se a anúncios com homenagens.
“Nós fizemos aquele pôster tradicional, publicado na revista “Placar”, e vamos continuar fazendo ações com torcedores, mas não teremos nada específico para o título, daqui para frente”, conta Carlos Eduardo Cotta, diretor de marketing e planejamento da Ale, à Máquina do Esporte. “Vamos focar no Brasileirão”.
Similar postura, sobre as homenagens por meio de anúncios, teve a Eletrobras, dona da cota máster do Vasco. A estatal não fez nenhuma ação especial para ativar o patrocínio antes do jogo, como a Ale, ou depois, como a Brahma, mas publicou peças publicitárias nos principais jornais esportivos, impressos e eletrônicos, do país.
A Penalty, fornecedora de materiais esportivos do Vasco, por sua vez, decidiu lançar produto licenciado alusivo à conquista. Uma camiseta, com os dizeres “Trem Bala Campeão”, está sendo comercializada pela empresa, em edição limitada, por R$ 59,90. Os jogadores, na última quinta-feira (9), já vestiam a peça na comemoração.
“Todos os nossos patrocinadores conseguiram visibilidade e exposição bem legais”, conta Marcos Blanco, diretor de marketing do Vasco, cuja principal função na última quinta foi acompanhar as comemorações no Rio de Janeiro, em São Januário. Ao fim do dia, após poucas horas de sono entre quarta e quinta, o dirigente estava com a voz rouca.
Dentre os patrocinadores citados, vale lembrar, a Brahma é a única que não possui exposição na camisa cruzmaltina. Como é praxe na Ambev, a cervejaria apenas está presente em placas publicitárias e backdrops. A Eletrobras ocupa o peito da camisa, a Ale, os ombros, e a Penalty, propriedade próxima à gola.
O BMG, dono das mangas do uniforme vascaíno, foi o único patrocinador oficial a não se pronunciar a respeito das comemorações do título. Procurado pela reportagem, o banco mineiro não soube dizer quais foram os procedimentos adotados para ativar o aporte, e nenhum porta-voz pôde justificar a participação do banco em tempo.
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