O ousado projeto de patrocínio da Intel ao Barcelona está perto do fim. Ou pelo menos de uma readequação que desvirtua o propósito inicial da parceria, anunciada em dezembro de 2013.
A Intel está insatisfeita com a baixa exposição da marca. A empresa pagou, segundo a revista Forbes, US$ 25 milhões por um contrato válido por cinco anos.
A ideia era fazer com que o patrocínio remetesse ao conceito “look inside” da marca (“olhe para dentro”). Até agora, porém, os jogadores não colaboraram.
Teoricamente, a Intel ganharia exposição na comemoração dos gols, quando os jogadores viram a camiseta. Como essa ação não é obrigatória aos atletas, ela não vingou. Apenas uma vez, logo após o anúncio da parceria, Neymar levantou a camisa após marcar um gol, pelo Campeonato Espanhol.
Quando anunciou o acordo, Deborah Conrad, CMO da Intel, havia dito que a parceria era “mais do que um patrocínio”, o que significava que a empresa investiria em tecnologia no clube.
“A tecnologia que estamos desenvolvendo e os programas que trabalhamos em conjunto são feitos para elevar o Barcelona à condição de clube mais tencologicamente desenvolvido do futebol”, afirmou a executiva.
As regras da liga espanhola também limitam esse tipo de ação. Os jogadores não podem exibir declarações pessoais no interior da camisa. Messi foi punido em US$ 3.400 em 2011, quando escreveu “Feliz aniversário, mãe” em camisa embaixo do uniforme.
Outro problema foi com a Nike, que fabrica a camisa do Barcelona. A empresa não tem conseguido reproduzir em larga escala a camisa com a logomarca da Intel.
Agora, Barcelona e Intel renegociam o acordo, questionando de que forma a exposição da marca da empresa pode ser aumentada.