Principal patrocinadora do Sunderland na temporada 2012∕2013 do futebol europeu, a organização sem fins lucrativos Invest in Africa pediu uma revisão no contrato. A empresa admitiu isso em nota oficial, mas não explicou o porquê de ter solicitado uma mudança nos termos do vínculo.
Anunciado em junho do ano passado, o acordo entre Invest in Africa e Sunderland tem validade inicial de uma temporada. A instituição mantém em sigilo o valor destinado ao time inglês.
A Invest in Africa foi fundada pela Tullow Oil, empresa independente de exploração de petróleo. Quando o contrato foi assinado, a instituição justificou dizendo que pretendia aproveitar a exposição global gerada por uma equipe da Premier League.
O pedido de revisão do contrato, confirmado nesta semana em nota da Invest in Africa, gerou uma série de rumores. Sobretudo por ter acontecido logo depois de o Sunderland ter contratado o italiano Paolo Di Canio para ser técnico da equipe.
Di Canio já foi atleta, e a carreira dele sempre foi marcada por polêmicas. O italiano é simpatizante do antigo ditador Benito Mussolini, tem uma tatuagem alusiva ao fascismo e chegou a comemorar um gol com saudação fascista.
Depois de contratar o ex-atacante, o Sunderland chegou a emitir um comunicado oficial para dirimir polêmicas em torno do posicionamento político de Di Canio. O treinador foi questionado pela imprensa sobre o tema na última terça-feira, mas não quis responder.
Diante de tanta polêmica, a Invest in Africa precisou dizer publicamente que o pedido de revisão não tem relação com a contratação de Di Canio. Segundo a companhia, o perfil do treinador é um assunto que diz respeito apenas ao departamento de futebol do clube.