O campeonato nacional de marcas estava ausente no Brasil desde 1994. Agora, com o suporte principal da Petrobras, a competição está de volta. Com o nome de Copa Petrobras de Marcas e com o patrocínio da Pirelli, a modalidade tenta sobreviver ao seu alto custo e à desconfiança das montadoras, ainda restritas a três nomes: Chevrolet Astra, Ford Focus e Honda Civic. Cada temporada custará a equipe algo em torno de R$ 500 mil.
Além dos dois patrocinadores, a competição conta ainda com o apoio da Fremax, da Ecopads, da Pioneer e da Motec. Todas as marcas terão direito a exposição nos carros, que correrão sob as lentes da Rede TV, emissora com exclusividade na transmissão das corridas em televisão aberta. Ainda há negociação para a TV fechada.
Com a competição, a Petrobras garante mais uma modalidade entre seus patrocinados dentro do automobilismo que, segundo o gerente de patrocínios da empresa, Claudio Thompson, é a prioridade entre os apoios no esporte. “Queremos estar presentes em pelo menos uma competição de cada categoria. Já temos kart, rali… Agora teremos o retorno do turismo no Brasil”, afirmou.
Apesar de a empresa ainda não ter finalizado a estratégia de publicidade que utilizará na Copa Petrobras de Marcas, algumas diretrizes já foram anunciadas no evento que oficializou o retorno do campeonato. A gasolina usada será a mesma que é utilizada nos postos convencionais, trocando um conceito usualmente utilizado. Neste caso, a ideia será dizer que o combustível vai “da rua para as pistas”, e não o contrário.
A intenção é usar o apelo da competição, que usa marcas acessíveis ao grande público, no caso o Focus, o Civic e o Astra. Esse é também o apelo que a organização da competição, sob o comando da Vicar, tenta dar ao espectador. “Queremos chamar o público para as corridas, com atrações para mulheres e crianças, nos autódromos. Todos atraídos por aquela sensação de que pode comprar, já na segunda-feira, o carro que viu nas pistas”, afirmou Maurício Slaviero, diretor-geral da Vicar.
As montadoras, no entanto, parecem não compartilhar de tamanha empolgação. Apesar do uso de sua imagem, o patrocínio não está garantido. Ele poderá ser feito para alguns pilotos, que terão a marca estampada no capô do veículo. A própria organização do evento promete blindar a Chevrolet, a Ford e Honda, a fim de “evitar problemas extras para elas”. Para isso, a organização escolherá por conta própria quem utilizará determinado carro, buscando sempre o equilíbrio entre os três modelos usados.
O primeiro ano é considerado pelos envolvidos o mais difícil. A esperança é que aos poucos as empresas tenham maior segurança na competição e, dessa maneira, mais empresas se juntem a Petrobras e a Pirelli, e mais montadoras ponham seus modelos de automóveis nas pistas.