O banco Bradesco foi a primeira empresa brasileira a fechar patrocínio local aos Jogos Olímpicos de 2016. No início do mês, foi a vez do consórcio entre Claro e Embratel anunciar o seu acordo com o Comitê Organizador. A lista de interessados no evento que será realizado no Rio de Janeiro é extensa, mas poucas empresas explicitam tal desejo. Esse, no entanto, não é o caso da Petrobras.
A gigante brasileira de energia, patrocinadora de diversas modalidades esportivas no país, espera a venda da cota de sua área para fazer a sua aposta. Mas, segundo o seu gerente de patrocínios esportivos, Claudio Thompson, um fator essencial ainda é desconhecido para a Petrobras: o custo de um suporte aos Jogos Olímpicos. O executivo garante que não haverá excessos para entrar no evento.
Para Thompson, o problema dos Jogos Olímpicos é que, além do valor bruto para o acerto com o Comitê Organizador, ainda haveria um significativo investimento para ativar o direito adquirido. “É diferente de patrocinar a Copa do Mundo, por exemplo. Lá você compra a sua cota e já vem um pacote fechado, com placas, camarotes etc. Para as Olimpíadas, cabe à empresa ativar as suas propriedades”, afirmou.
Caso feche com o Comitê Organizador, além do trabalho de marketing que Rio 2016 exigiria, a Petrobras não dividiria esse privilégio com poucas marcas. A situação seria diferente da vivida no exemplo citado. Na Copa do Mundo, são seis empresas patrocinadoras da Fifa, seis para Mundial e mais seis nomes locais. Para 2014, por exemplo, o Itaú entra nesse último grupo, enquanto a Oi e a Seara dão suporte à competição. Completam-se, dessa maneira, apenas 18 marcas envolvidas.
Já para os Jogos Olímpicos, existe uma cota de patrocínio para cada segmento do mercado. O Bradesco entrou como banco e seguradora, a Claro/Embratel como telefonia. A Petrobras entraria como empresa de energia, mas estará junta com outras dezenas de cotas. O número de marcas envolvidas dependerá dos valores oferecidos. No dossiê da candidatura brasileira, a previsão de arrecadação entre patrocinadores locais é de R$ 724 milhões.