A Secret Desodorant, divisão de desodorantes da multinacional americana de bens de consumo P&G, patrocinadora do US Soccer, fez um anúncio de página inteira no jornal The New York Times para comunicar que dará um aporte “bônus” no valor de US$ 529 mil (cerca de R$ 2 milhões) para a seleção de futebol feminino do país campeã mundial.
O montante será dividido de forma igualitária para cada uma das 23 jogadoras que foram à Copa do Mundo. O aporte faz parte da campanha “Equal Pay”, para que os salários entre homens e mulheres no futebol sejam igualitários.
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“Desigualdade é mais do que salários e jogadores, é sobre valores. Vamos aproveitar este momento de comemoração para impulsionar o esporte feminino. Seremos junto da Federação de Futebol dos EUA um farol de força e acabar com a desigualdade de remuneração de gênero de uma vez por todas, para todos os jogadores”, diz o anúncio de pagina inteira no jornal.
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Antes da Copa, as atletas dos EUA processaram a federação pelo tratamento financeiro desigual dado a elas, que geraram mais dinheiro para a US Soccer, porém receberam menos em salários e bonificações do que os homens. A campanha do time americano na França foi usada pelas próprias jogadoras como forma de pregar o respeito e a igualdade.
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A Luna Bar, fabricante de alimentos nutricionais que é parceira da Associação Nacional de Jogadores Femininos dos Estados Unidos (USWNTPA), fez um compromisso similar com os membros da seleção feminina, doando um valor de US$ 718,7 mil para compensar a diferença salarial entre os jogadores profissionais masculinos e femininos dos EUA.