A polícia suíça prendeu por corrupção outros dois dirigentes da Fifa, no mesmo luxuoso hotel Baur au Lac, de Zurique, que já havia sido cenário da detenção de outros sete cartolas, incluindo o brasileiro José Maria Marin, em maio. Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e Alfredo Hawit, mandatário da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e do Caribe) foram levados à prisão.
A acusação contra os dois é o recebimento de quantias milionárias de forma ilegal pela venda de direitos de TV de competições realizadas na América Latina. Napout e Havitt também são vice-presidentes da Fifa e membros de seu Comitê Executivo, o que inicia mais um capítulo na longa crise de imagem da federação de futebol.
Os dois estavam na Suíça para aprovar reformas na entidade depois do escândalo de maio. Napout era tesoureiro da Conmebol quando aconteceram os atos de corrupção que estão sendo investigados. O paraguaio é o terceiro presidente da Conmebol detido desde então. Antes dele, estiveram detidos Nicolaz Leoz e Eugenio Figueredo.
O hondurenho Hawit é o segundo mandatário da Concacaf envolvido em escândalo de corrupção. Antes dele, as investigações já haviam apontado Jack Warner, de Trinidad e Tobago, como sendo um dos executores de atos de corrupção.
As prisões aconteceram na madrugada desta quinta-feira e não é descartado que haverá mais detenções tanto no hotel como na sede da Fifa. A entidade soltou um comunicado dizendo que “continuará cooperando totalmente [com as investigações] segundo as leis da Suíça”.
A federação também abriu processo contra Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, que recentemente renunciou ao cargo de membro do Comitê Executivo da Fifa. O dirigente não vinha participando das reuniões da entidade, nem dos deslocamentos da seleção brasileira ao exterior. Temia-se que o cartola pudesse ser detido.