Quase oito anos separam a Rússia da Copa do Mundo, e o país já vira forte candidato a investir enormes quantias de dinheiro em estádios que não terão uso após o evento, chamados popularmente de “elefantes brancos”. A previsão é embasada pelo número de arenas a serem construídas em cidades que ainda carecem de infraestrutura.
O projeto russo consiste na construção de nada menos que 13 novos estádios e na reforma de três já existentes, divididos entre 13 cidades que devem receber partidas durante o evento. A previsão é de que sejam investidos R$ 3,82 bilhões na empreitada, ao construir sempre instalações com capacidade mínima para 30 mil pessoas.
De acordo com os integrantes da candidatura da Rússia ao Mundial, o país abriga na primeira divisão nacional público médio de 13 mil pessoas. A título de comparação, durante o Campeonato Brasileiro de 2009, a média de público esteve em 17,8 mil. Em 2010, mesmo com o fechamento de Maracanã e Mineirão, esse número foi de 14,7 mil.
Apesar de autoridades russas argumentarem que essas arenas serão legado, a situação de cidades mais afastadas de Moscou revela realidade contrária. Em Krasnodar, Nizhny, Novgodor, Saransk, Yaroslavl e Volvogrado, não há sequer a possibilidade de construir aeroportos. As arenas, por falta de espaço, não podem receber obras nos arredores.
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