Em época de eleições municipais, outro importante pleito teve lugar nesta sexta, no Rio de Janeiro. Com 30 votos a favor e um contra, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) reelegeu Carlos Arthur Nuzman como seu presidente pelos próximos quatro anos. Desta forma, se permanecer até o fim do mandato, Nuzman, eleito por primeira vez em 1995, cumprirá 21 anos no cargo em 2016.
A realização dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016 faz do novo mandato do dirigente o mais importante de sua trajetória no cargo. Também presidente do Comitê Organizador dos Jogos do Rio, Nuzman enfrenta atualmente um dos momentos mais turbulentos de sua trajetória no COB.
Apesar do grande apoio recebido na votação, onde era o único candidato, o dirigente vive um momento de contestação pelos resultados da delegação brasileira nos Jogos deste ano em Londres. A última edição dos Jogos foi palco ainda de uma grande polêmica envolvendo o nome de Nuzman: o esc”ndalo de espionagem de funcionários do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, pelo qual nove funcionários foram demitidos, acusados de copiar ilegalmente material pertencente ao Comitê Organizador de Londres-2012 (LOCOG).
Outro conflito que afeta a Nuzman está relacionado a Confederação Brasileira de Desporto no Gelo (CBDG) e seu presidente, Eric Maleson, que acusam ao mandatário do COB de boicotar a instituição e de contribuir para a intervenção judiciária na Confederação. Maleson foi o único dos 29 presidentes de confederações presentes nesta sexta a votar contra a reeleição de Nuzman.
Representantes das confederações de Futebol e de Vela e Motor não compareceram à votação. Além disso, o vice-presidente do COB, André Richer, e o ex-presidente da CBF e membro do Comitê Olímpico Internacional, João Havelange, também exerceram seu direito de voto por serem membros natos do COB, e votaram a favor de Nuzman.
Após a eleição, o dirigente reafirmou a meta de elevar o patamar esportivo do Brasil nos Jogos de 2016: “Estamos com a meta de levar o Brasil ao top 10 dos países no total de medalhas em 2016. Temos de buscar atletas capazes não apenas nas modalidades em que o Brasil tem tradição. O desafio é alcançar essa meta em estreita parceria entre COB, confederações e Ministério do Esporte. Nosso desempenho servirá de inspiração para futuras gerações de nosso país”.