O Fortaleza decidiu romper seu contrato com a Kappa e criou sua própria marca de material esportivo. A equipe cearense lançou, no mês passado, a Leão 1918, referência à mascote e ao ano de fundação do clube cearense. O primeiro lançamento foi o terceiro uniforme.
“Lançamos três modelos distintos. A camisa é praticamente a mesma. O que muda é o escudo”, afirmou Kauê Aguiar, gerente de marketing do Fortaleza, em entrevista à Máquina do Esporte.
As camisas contam com as cores da bandeira da França, as mesmas do Fortaleza. A linha recebeu o nome de Revolution, em homenagem à Revolução Francesa. Cada camisa é inspirada em um dos lemas do movimento (“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”).
“A gente fez um estudo sobre a possibilidade de ter uma marca própria, que seria mais rentável para o clube. Agora, controlamos a produção, distribuição e venda do produto”, comentou o dirigente.
Para o primeiro lançamento, a diretoria do clube atendeu pedido dos torcedores e lançou a terceira camisa “limpa”, sem nenhum logo de empresa. Atualmente o clube conta com o apoio de Serval (empresa de terceirização), que é o patrocinador máster, Apodi (cimento), Unimed (plano de saúde), Embracon (consórcio) e Pro Tork (equipamentos para motociclista).
“Conversamos com todas as empresas e conseguimos a liberação. Também confeccionamos algumas camisas com logo para os patrocinadores usarem em ações”, conta Aguiar.
Os modelos são confeccionados pela Bomache, fábrica de Fortaleza que já tem experiência em atender times com força regional. No início do ano, tornou-se a fabricante do material esportivo do Paysandu, que também lançou marca própria, a Lobo. Em junho, o clube teve agilidade para lançar camisa comemorativa.
“Estudamos o caso do Paysandu antes de lançarmos a nossa linha. A torcida tinha receio que, ao sair da Kappa, o material fosse perder a qualidade. Mas não foi o que aconteceu”, afirma o dirigente, contabilizando os lucros: o primeiro lote foi inteiramente vendido.
A ideia parece ousada, já que cabe ao clube, atualmente, gerenciar todos os canais de distribuição. Com força regional e público muito concentrado no Ceará, as dificuldades foram minimizadas. O material esportivo é comercializado na loja oficial do time, no estádio Alcides Santos, no bairro do Pici, bem como em redes varejistas e através de venda online.
“A gente também negocia com grandes grupos, como a Centauro, que é um parceiro nosso”, afirmou Aguiar.