Em iniciativa inédita em Olimpíada, os organizadores dos Jogos programaram viagens, passeios e experiências para os jornalistas envolvidos com a cobertura da competição. Por trás do agrado, está uma tentativa de promover o turismo e trazer um legado no setor.
“A gente já tinha feito isso durante a última Copa do Mundo. Agora, com a Olimpíada, a gente planejou esses passeios exclusivos para jornalistas, mas também para o público em geral”, conta Dircelia Pimentel, diretora de planejamento da Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), responsável pelos passeios por ângulos inusitados da cidade olímpica.
Há sete passeios no walking tour, sendo quatro por pontos urbanos (Pequena África, Orla do Conde, Subida à boemia e Rio histórico e sacro) e três trilhas ecológicas (Morro da Urca, Cachoeira do Horto e Floresta da Tijuca).
“Normalmente o turista vai a Ipanema e Copacabana, mas essa parte cultural e histórica é mais difícil de o visitante fazer sozinho. A ideia é mostrar outras facetas do Rio, abrir portas para ele conhecer aqui”, conta Dircelia.
Nem só passeios são oferecidos. Entre as opções para quem veio cobrir a Olimpíada estão experiências cariocas como aula de stand up paddle e bodyboard na Barra da Tijuca.
As experiências turísticas mais inusitadas são as viagens realizadas no meio das competições olímpicas. Há opções próximas como Paraty, Cabo Frio, Angra dos Reis e até um Beer Tour para Teresópolis patrocinado pelo Grupo Petrópolis. Quem quiser desbravar esse imenso país, pode também escolher viagens para Rio Grande do Sul, Ceará, Goiás, Rio Grande do Norte e até Amazonas.
Apesar da tentação, poucos profissionais efetivamente têm participado dos passeios. “Os jornalistas se inscrevem e não aparecem. Quando chega na hora aparecem dois, três jornalistas”, lamenta Dircelia, da Riotur, responsável pelos walking tours na cidade olímpica.