Questionado sobre a import”ncia da Adventure Sports Fair para o desenvolvimento do esporte de aventura como mercado, o organizador do evento, Sérgio Franco, foi enfático: ampliar a base de simpatizantes do segmento e tornar mais fiéis os que já fazem parte desse grupo. Para isso, uma das grandes apostas do evento é uma parceria com a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). A Fiesp atuará diretamente em uma dessas frentes (o desenvolvimento da base de mercado). A proposta de Franco era usar a entidade como intermediadora nas relações entre fabricantes e distribuidores de produtos que integram o segmento de aventura, mas a associação foi além e envolveu os fornecedores na conta. ?Com isso e uma participação da Fecomércio, que fala diretamente aos lojistas, conseguiremos pegar todas as pontas do processo. Queremos criar um circuito positivo, que gere confiança aos consumidores. O cara saberá que o lojista é bom porque trabalha com produtos de uma empresa confiável, que comprou de um fornecedor confiável e que usou um distribuidor confiável?, ponderou Franco. A preocupação da Adventure Sports Fair com o desenvolvimento do mercado justifica-se pelo atual desenho do setor. A grande maioria dos consumidores de esportes de aventura (75%) é formada por pessoas que apenas simpatizam com o segmento ou consomem produtos ligados a esse tema. Outros 20% fazem viagens ou atividades ocasionais e somente 5% podem ser considerados assíduos. Além disso, a feira tem interesse em desenvolver seu público em virtude do perfil. De acordo com uma pesquisa da São Paulo Turismo, 81,9% dos visitantes do evento no ano passado têm renda superior a seis salários mínimos, e 58,3% recebem mais do que 11 salários. Em 2008, os 287 expositores participantes da Adventure Fair geraram um volume de negócios de R$ 95 milhões. Para este ano, o foco vai ser um pouco maior. O evento vai realizar rodadas de conversas entre representantes de diferentes setores do segmento para tentar instituir um padrão de qualidade. ?Mais do que uma feira convencional, nossa proposta é ajudar a desenvolver o mercado. Nesse sentido, queremos ajudar o turismo de aventura a falar para uma quantidade cada vez maior de pessoas?, completou Franco.