Em busca de uma aproximação para troca de experiências olímpicas e realização de negócios, uma delegação da Geórgia, nos EUA, visitou o Brasil nos últimos dias. O Estado, do qual faz parte Atlanta, cidade-irmã do Rio de Janeiro, foi a última sede norte-americana dos Jogos Olímpicos de Verão.
“Há uma enorme pressão sobre o governo para concluir as obras de infraestrutura a tempo”, afirmou Michael Yoder, cônsul-interino dos Estados Unidos no Rio de Janeiro aos cerca de 30 integrantes da delegação da Geórgia que visitou a capital fluminense. “Qualquer incentivo que vocês puder oferecer-lhes sobre sua própria experiência com os Jogos Olímpicos seria ótimo”, acrescentou ele.
O governador Nathan Deal também se reuniu com funcionários do Estado para a troca de experiências. Ele conversou sobre o legado olímpico para a cidade após os Jogos. A antiga Vila Olímpica, por exemplo, foi transformada em alojamento estudantil.
Ao contrário do Rio de Janeiro, Atlanta não enfrentou problema de atraso nas obras. A maior parte das instalações esportivas ficou pronta um ano antes do início dos Jogos. Houve, porém, dilemas em relação ao legado. Alguns locais foram demolidos, outros modernizados nas quase duas décadas decorridas desde o evento.
O grupo também se reuniu com a Finep (Financiadora Pública de Projetos), órgão federal com sede no Rio de fomento à tecnologia em empresas e universidades. No encontro, foram debatidas questões relativas ao legado dos Jogos.
“O feedback foi interessante. Havia pessoas que confundiam Atlanta com Atlantic City. Não temos mais esse problema”, afirmou tom Croteau, vice-comisário de desenvolvimento econômico da Geórgia, em entrevista para o Atlanta Journal Contitution.
Para a delegação norte-americana, os Jogos do Rio-2016 também podem trazer oportunidade de negócios. A maior parte dos grandes contratos de infraestrutura já foi fechada. Mas projetos de dimensão menor poderão estar disponíveis em breve para empresas dos EUA.
Os investidores externos, no entanto, devem estudar as possibilidades com cautela. “Há um ditado aqui: o Brasil não é para principiantes”, disse Mark Russell, do Serviço Comercial dos EUA no Brasil. “Você tem que saber como as coisas funcionam aqui. É realmente necessário ter um parceiro local para fazer negócios”, completou ele.