A Federação de Beach Soccer do Rio de Janeiro montou uma estratégia para atrair investimentos, com um calendário fixo e a presença dos clubes do Estado em diversas cidades. Profissionais foram contratados para formar uma equipe capaz de tornar a modalidade mais interessante tanto para grandes marcas como para empresas locais.
O diretor de marketing da federação, Marcos Maia, um dos contratados para tornar a modalidade no Estado fluminense mais atraente para as empresas, resume o que a entidade irá fazer a partir de 2012: “O esporte tem que ser pensado como um produto, algo que seja atrativo para o mercado. Queremos que o Beach Soccer seja visto como uma possibilidade de investimento, com retorno para os envolvidos”, afirmou.
A primeira medida foi fixar o calendário. Apesar de ele ainda não ter sido divulgado, as datas já foram preenchidas com torneios como o Campeonato Estadual, um campeonato feminino e até um torneio internacional. A meta é fechar acordos de longo prazo, portanto a promessa é que 2012 seja apenas o primeiro passo com essa configuração.
Até este ano, a federação basicamente se limitava à organização de um time do Estado que disputava o Campeonato Brasileiro. Marcos Maia, no entanto, acredita que, com o apelo da modalidade, há espaço em demasia para crescimento. “Quando tinha jogos com jogadores antigos, o futebol de areia só perdia para a Fórmula 1 no domingo da Globo. Temos que organizar os eventos como espetáculos para voltar a estar em evidência”, afirmou.
Um dos planos da federação é fazer jogos fora da capital fluminense. Já estão fechadas parcerias com Búzios e Mangaratiba, por exemplo. Além de novos públicos, as cidades apareceriam como uma possibilidade de firmar acordos menores, com patrocínios locais. E os municípios também são possibilidades mais baratas do que praias mais badaladas, especificamente Copacabana. Um dos gargalos da organização é o preço alto da montagem das arenas provisórias, e as burocracias impostas para usar um dos pontos mais famosos do Rio de Janeiro não ajudam nesse processo.
No mercado, a federação colocou propriedades de seus campeonatos à venda. O principal é o naming right dos torneios ou de seus jogos decisivos. Outra possibilidade valorizada é as mangas dos clubes que participarão das partidas. Já foi acordado com as diretorias dos times que a entidade terá esse o direito desse uso. As últimas propriedades estão na arena e nos materiais de comunicação.
Entre os resultados, o que a federação espera é que haja uma maior profissionalização do meio. Um exemplo está no modo como os jogadores são tratados atualmente. Hoje, eles recebem por evento. A entidade espera que, com um calendário fixo, comece a ter contratações definitivas entre os clubes, o que asseguraria ainda mais a continuidade do projeto.
Um dos exemplos seguidos pela federação do Rio de Janeiro em relação ao potencial para as marcas está na Confederação Brasileira de Beach Soccer. Com o marketing nas mãos da Koch Tavares, a entidade mantém acordos com empresas como Procter & Gamble, Nike e Itaú.