O futebol brasileiro tem recebido investidas de empresas interessadas em aparições pontuais. Ao participar de partidas atrativas, sobretudo em competições continentais, clubes recebem propostas para estampar marcas na camisa apenas em determinados jogos. O Cruzeiro, na Copa Santander Libertadores, prefere resistir à tentação.
“Até hoje, fomos muito cautelosos para fazer pontuais, porque eles trazem retorno grande, rápido, mas também prejudicam para firmar outros acordos”, define Marcone Barbosa, diretor de marketing da equipe mineira, à Máquina do Esporte. “As empresas percebem que o clube se abre, e o ideal é ter parceiros por mais tempo”.
Em razão dessa mentalidade, o Cruzeiro tem aceitado investimentos pontuais apenas em eventos ou propriedades comerciais que não envolvam a camisa celeste. Em 2010, o clube optou por receber aporte apenas da NeoQuímica, pertencente à Hypermarcas, no fim do Campeonato Brasileiro, mas as circunst”ncias eram diferentes.
A companhia negociava patrocínio de longa duração com Antônio Claret Nametala enquanto o profissional ainda ocupava a diretoria de marketing. Com a saída dele do cargo e por outros motivos não revelados, o acordo foi adiado. “Até chegar nos últimos meses, quando eles decidiram entrar apenas para os últimos jogos”, diz Barbosa.
Por um tempo, cogitou-se que a Hypermarcas viria a substituir o BMG na cota máster do Cruzeiro, mas o banco mineiro acabou por aumentar a proposta e permanecer na equipe. Com o acerto com a Netshoes para as mangas, no início do ano, o clube permanece com espaços vagos, como calção e ombro, mas pretende fugir de pontuais.