Por meio do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, a BMW fez a primeira investida no automobilismo brasileiro. A empresa montou uma equipe para participar do circuito, interessada em transformar fãs da categoria, mais numerosos entre classes econômicas mais altas, em consumidores de veículos da marca, reconhecidamente de luxo.
“Diferente da Fórmula 1, que é um evento de massa, o público que acompanha GT Brasil realmente aprecia a corrida, entende de carros, de potência, motor, e isso faz dela ideal para promover a nossa linha M”, justifica Gabriela Sterenberg, coordenadora de marketing da BMW no país, em referência à divisão esportiva da companhia.
Fazer esse investimento demandou que a matriz fosse consultada, na Europa, para saber se a iniciativa era válida. “A Alemanha está com um olho muito grande no Brasil”, disse Jörg Henning Dornbusch, presidente da fabricante de veículos no país, durante o anúncio da formação da equipe, feito na noite da última terça-feira em São Paulo.
A BMW não está apostando em uma equipe sozinha, na verdade. Ao lado dela, há uma série de parceiros comerciais. A cota máster de patrocínio foi preenchida pelo BMG, ao mesmo tempo em que o banco mineiro retira investimentos do futebol, e ainda há acordos com Lenovo, Eurobike, Pirelli, Beta, Salsa Mobion, Corsa e Auto Neg.
A montadora alemã pretende usar a GT Brasil tanto para ganhar visibilidade, uma vez que a competição será transmitida pela RedeTV! em rede aberta e por Sportv e ESPN na fechada, e também para fazer relacionamento com concessionários de diferentes praças. O piloto Ingo Hoffmann será o embaixador da marca na empreitada.