Sem saber se vai jogar Série A ou B, negociações com empresas travam – Crédito Moisés Nascimento / Portuguesa
Quando um time cai para a segunda divisão, tem mais dificuldades para conseguir patrocinadores. Quando um time cai para a segunda divisão por conta de uma decisão tomada fora de campo e ainda tem esperanças de revertê-la na Justiça comum, então, a tarefa fica mais complicada. É a situação que enfrenta a Portuguesa atualmente.
“Eu apresento os preços das cotas de patrocínios, e as empresas querem saber se vão jogar a Série A ou a Série B. Não tenho como dizer. Na hora de fazer uma contraproposta, elas não querem arriscar”, conta José Luiz Ferreira de Almeida, vice-presidente de marketing que chegou há poucos meses ao clube junto com a gestão de José Ilídio da Fonseca Lico, presidente da Portuguesa desde o início deste ano.
A esperança do cartola é conseguir um patrocínio da Caixa. O time depende da obtenção das Certidões Negativas de Débito (CNDs), um documento que comprova não haver dívidas com o governo federal ou que, pelo menos, as pendências foram renegociadas. Sem elas, nenhum time de futebol pode receber dinheiro de uma empresa estatal. Nas contas de Ferreira, a Portuguesa as terá em “30 ou 40 dias”.
No raciocínio do vice-presidente de marketing, assinar contrato com a Caixa passaria uma mensagem positiva para outros potenciais patrocinadores e abriria as portas do clube. “Uma coisa está clara: a Portuguesa não tem rejeição no mercado”, diz.
A Portuguesa anunciou na última terça-feira (11) o primeiro patrocinador desta temporada, a Tabacow, que inseriu a marca nas mangas da camisa. Trata-se de uma fabricante de tapetes, e não, não há nenhuma provocação, nada a ver com o “tapetão” que derrubou a equipe da primeira para a segunda divisão no fim de 2013. O vice-presidente de marketing gargalhou com a coincidência. “Eu não tinha pensado nisso”.
Para o azar do novo patrocinador, justo na estreia da marca da Tabacow na manga do uniforme lusitano o jogo foi interrompido por falta de energia elétrica no estádio. A Portuguesa vencia o Bragantino por 1 a 0 na noite da última terça quando, em razão de uma forte chuva que caiu na região, as luzes do Canindé se apagaram. A partida será remarcada.
