Nada como estar em casa. Após verdadeira novela, o Olympique de Marselha pôde, enfim, comemorar: o clube de futebol francês continuará mandando suas partidas no Vélodrome, estádio em que atua desde 1937. A prefeitura de Marselha, porém, dificultou bastante as negociações.
Segundo o novo contrato, o Olympique de Marselha permanecerá no Vélodrome pelas próximas três temporadas. De agora em diante, no entanto, os termos financeiros do aluguel mudaram. O negócio passa a girar em torno de 7,4 milhões de euros anuais. O valor fixo é de 3 milhões de euros em 2014/2015 e 4 milhões de euros em 2015/2016 e em 2016/2017. Mas há uma variável: quando as vendas de ingressos ultrapassarem 20 milhões de euros, 20% do excedente ficarão com a prefeitura. Ao todo, o montante deve atingir a casa dos 7,4 milhões de euros anuais.
“Todo mundo aqui concorda que o Olympique de Marselha deve jogar no Vélodrome. Estou satisfeita que tenhamos chegado a um compromisso aceitável para o clube e para a cidade de Marselha. O prefeito, bem como o Olympique de Marselha, teve que fazer um esforço considerável para que pudéssemos assinar este acordo”, declara Margarita Louis-Dreyfus, proprietária do Olympique de Marselha.
As duas partes demoraram para chegar a um consenso porque o prefeito Jean-Claude Gaudin pediu valores bem superiores em relação às cifras pagas até então pelo Olympique. A ideia de Gaudin era cobrar 380 mil euros por partida, o que daria aproximadamente 8 milhões de euros anuais. E olhe que a equipe marselhesa pagava apenas 50 mil euros por jogo. Um dos fatores que fez o Vélodrome encarecer foi o fato de o estádio ter se modernizado para sediar a Eurocopa de 2016.
Temendo não chegar a um acordo com a prefeitura, o Olympique havia anunciado que levaria seus confrontos do Campeonato Francês como mandante para a cidade de Montpellier. Com o fim do impasse, os duelos ocorrerão no próprio Vélodrome.