A Premier League lançou concorrência pelos direitos de TV para as temporadas de 2016/2017 a 2018/2019 com a ambição de arrecadar mais verba do que os atuais R$ 12,6 bilhões. Segundo especialistas, o aumento da concorrência pode fazer com que os direitos de transmissão sejam negociados com um aumento de até 50% nesse valor, o que atingiria quase os R$ 19 bilhões.
Para esses campeonatos, a direção da liga disponibilizou a transmissão de 168 jogos (14 a mais do que o contrato atual), divididos em 5 pacotes de 28 partidas e 2 pacotes de 14 confrontos. O leilão dos direitos televisivos será em 2015, com os contratos sendo assinados em fevereiro.
Um dos pacotes disponíveis abre a possibilidade de transmissão de dez jogos ao vivo nas noites de sexta-feira. Um novo dia de transmissão pode agradar as grades de programação das emissoras, mas é provável que equipes top raramente joguem neste dia, pois estarão disputando as competições europeias, como a Liga dos Campeões e a Liga Europa durante a semana.
Atualmente, os detentores de direitos passam as partidas aos sábados (horário do almoço e à noite), domingo (à tarde) e segunda-feira (à noite). Nenhuma emissora está autorizada a comprar mais de 126 jogos, segundo edital publicado pela Premier League.
A proposta inclui um pacote separado para a TV aberta, o que deve gerar uma grande concorrência local entre a ITV, que perdeu os direitos da Liga dos Campeões a partir da próxima temporada, e a BBC. Atualmente, a maior parte dos jogos está em poder da Sky, que pagou R$ 9,6 bilhões por 116 jogos ao vivo por temporada no contrato de três anos assinado em 2012. Os restantes 38 jogos foram comprados pela BT, a um custo de R$ 3,082 bilhões.
Além delas, é esperada também a participação de Discovery, conglomerado norte-americano que agora é dono da Eurosport, e da al-Jazeera, do Qatar. Há também especulação de que companhias de tecnologia, como Apple e Google, entrariam na briga pelos direitos de transmissão pela internet.