Recém-reeleito presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino fez uma crítica ao êxodo de jogadores brasileiros para o exterior. Segundo o dirigente, não há sentido os times do país se desfazerem de seus jogadores para que eles possam atuar em times de segundo escalão na Europa ou em outros continentes.
“Temos de mudar essa mentalidade. Os clubes têm de investir e guardar seus jogadores. Só recentemente percebi que a receita no Brasil não está longe das grandes ligas europeias. Por qual motivo esses jogadores saem do Brasil para jogar no segundo, terceiro ou quarto nível europeus?”, indagou o dirigente.
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O discurso faz parte do projeto de Infantino de dar mais valor para o Mundial de Clubes da Fifa. O dirigente quer que mais clubes tenham força mundialmente para disputar com os europeus a liderança do futebol. Na visão dele, o mercado brasileiro é um dos que mais poderia ter times fortes para brigar por grandes taças.
“Por qual motivo esses jogadores não ficam num Flamengo? Temos de mudar essa mentalidade de formar e vender. Eles têm de ficar e ganhar um Mundial. Eu entendo se quiserem sair para um Real Madrid, mas não para um pequeno clube de segunda divisão”, afirmou Infantino, após ser reeleito até 2023 para o cargo.
Outra bandeira defendida pelo dirigente após a reeleição foi a de transparência na gestão da Fifa, melhor repartimento dos lucros e tolerância zero com a corrupção. A promessa de Infantino é de que, até 2022, as mais de 200 federações filiadas dividam US$ 1,7 bilhão, valor que é mais de cinco vezes o que era repartido em 2014, quando Joseph Blatter ainda era o mandatário da Fifa. Isso é parte do projeto de renovação da imagem da entidade após os escândalos de corrupção.