Os representantes dos 12 clubes participantes da Primeira Liga se reúnem nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, no que deve ser o último encontro antes do pontapé inicial da Liga Sul-Minas-Rio, no próximo dia 27 de janeiro. Em pauta, as ameaças feitas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) de desfiliar Flamengo e Fluminense caso participem do torneio, e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de não dar o seu aval para o campeonato em 2016.
“Não podemos autorizar um torneio que tem muitos conflitos para a sua realização, desde questões estatutárias até o respeito ao calendário. Neste momento, não há uma lacuna na agenda do futebol brasileiro que permita a realização da Liga Sul-Minas-Rio neste ano”, disse Walter Feldman, secretário-geral da CBF, à Máquina do Esporte.
Entre outras sanções, a CBF fala em punir com o não-pagamento das cotas de TV os clubes que seguirem no projeto. Feldman, contudo, foi contido ao falar sobre o tema. “Não queremos problemas, queremos apresentar soluções. A Liga é um ótimo torneio para o futebol brasileiro, desde que comece do jeito certo. Em 2017, ela terá o nosso apoio”.
“Pela Lei Pelé, a Liga tem o direito de existir, mas sem o aval da CBF ela não é oficial. O pássaro pode se casar com o peixe, mas precisa saber onde fazer o seu ninho”, filosofou o dirigente.
Em entrevista concedida em Belo Horizonte no último fim de semana, o presidente da Primeira Liga, Gilvan de Pinho Tavares, ironizou o veto da CBF. “A CBF não está em condições de exigir nada. Se estivesse, não teria um ex-presidente preso e o atual sem poder sair do Brasil”, disse o mandatário cruzeirense, assegurando a realização da competição entre 27 de janeiro e 31 de março.
“Nós já tínhamos tomado a decisão de independer da CBF para realizar o torneio este ano, ele irá sair, será jogado. A gente espera que a CBF tenha uma posição mais positiva e que honre o compromisso feito com o presidente da Liga”, completou Tavares.