Sediar um megaevento esportivo exige altos investimentos, mas compensa em função do impacto que a competição produz na economia local. Essa era uma verdade universal até a Copa do Mundo de rúgbi que a Nova Zel”ndia receberá em 2011, que já começa a colocar em xeque o atual modelo de investimento.
Segundo o jornal “New Zealand Herald”, uma análise sobre a previsão de gastos e de impacto econômico com a Copa do Mundo de rúgbi projeta um déficit de US$ 400 milhões para o país em função do evento. A Nova Zel”ndia investirá US$ 960 milhões na preparação para a competição, mas estima gerar apenas US$ 600 milhões.
O jornal ainda lembra que os resultados econômicos seriam menores se a Nova Zel”ndia descontasse da projeção de impacto os números que o país tradicionalmente movimenta entre setembro e outubro, período da competição.
Ainda assim, autoridades locais classificam a Copa do Mundo de rúgbi como o maior evento da história da Nova Zel”ndia. O principal argumento para isso é que o evento pode não causar impacto direto, mas criar uma imagem positiva e atrair mais turistas no futuro – e mais receita, consequentemente.
“Se atrairmos mais turistas, teremos mais negócios e mais companhias entrando aqui”, disse Murray McCully, porta-voz do ministro neozelandês para a Copa do Mundo de rúgbi.