A Primeira Liga nem saiu do papel e já tem causado bastante confusão. Após o entrevero com o Cruzeiro, que chegou a anunciar a saída do torneio, a entidade perdeu Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro e que comandava a nova organização na função de CEO.
A decisão foi anunciada no fim de semana, mas, sem falar com a imprensa, o dirigente resolveu fazer uma coletiva para se justificar publicamente. O problema é que sua declaração só aumentou as polêmicas de bastidores que cercam a antiga Liga Sul-Minas-Rio.
“Cinco clubes, que não vou falar quais são, fizeram um complô contra mim. Por isso, estou fora. Conspiração é assim, feita na sombra. Eu fui pego de surpresa”, afirmou Kalil, que ainda garantiu “chance zero” de retorno.
Ainda assim, Kalil voltou a garantir que a Primeira Liga sairá do papel. Para o dirigente, ela “está pronta” e logo deverá ser abraçada por uma emissora de televisão.
Externamente, a Primeira Liga tem vencido obstáculos políticos, principalmente com o enfraquecimento da CBF nas últimas semanas. Internamente, por outro lado, ela vive uma série de problemas.
A saída do Cruzeiro aconteceu após a imposição de uma eleição que colocou o presidente do Atlético Paranaense no lugar do mandatário do time mineiro no cargo de presidente. O retorno só aconteceu após Gilvan Tavares recuperar seu prestígio na entidade.
Kalil, inclusive, se mostrou irritado com o argumento utilizado por Tavares. “Um clube sair da liga é um prejuízo, um diretor não. O que me estranhou foi dizer que a Liga não foi rentável, sendo que fui eu que negociei”, atacou.