O Flamengo entrará em 2017 com um patrocínio novo. O clube acertou na terça-feira um acordo com a Uber, aplicativo de transporte urbano. O contrato passará a ser válido em janeiro e terá dois meses de duração.
Os detalhes da negociação não foram divulgados por ora. Segundo o Globoesporte.com, a marca ficará exposta apenas no uniforme de treino do time carioca, mas terá maior destaque nas redes sociais. Há possibilidades de mais ativações, como fazer com que a Uber sirva de transporte para o time em dias de jogos, mas as ações não foram fechadas por ora.
À Máquina do Esporte, a agência Go4it, que levou a marca ao clube carioca, confirmou o contrato. A empresa funciona como “parceira estratégica para novos negócios” dentro do Flamengo. Basicamente, adapta as necessidades de marcas às propriedades do time carioca.
E este é um momento emblemático para a Uber no principal mercado do time. No fim de novembro, a Prefeitura do Rio de Janeiro proibiu o transporte particular renumerado de passageiros, em lei que engloba os serviços da companhia. Hoje, a empresa funciona na capital fluminense por meio de uma decisão judicial que permite que os motoristas cadastrados no aplicativo se mantenham em atividade até a regulamentação definitiva.
A Uber entra no Flamengo justamente no momento de mudança na prefeitura do Rio de Janeiro. Em janeiro, Marcelo Crivella (PRB) toma o lugar de Eduardo Paes (PMDB). O candidato eleito fez oposição ao atual prefeito, mas não se posicionou de forma clara sobre a regulamentação da Uber.
Essa não é a primeira vez que a Uber fecha com times brasileiros. A empresa mantém parceria com o ABC de Natal e com o Red Bull Brasil. Normalmente, os acordos abrangem o transporte de torcedores aos estádios, com área especial para o serviço e descontos para os seguidores das equipes.
Globalmente, a companhia tem acordos nos Estados Unidos, com franquias de diversos esporte, entre NFL, NBA e MLS. Na França, chegou a fechar com o Olympique de Lyon, que desistiu do acordo após a alta rejeição de taxistas.
Já o Flamengo segue com sua estratégia de patrocínios curtos para driblar a atual crise econômica do Brasil. No meio deste ano, o clube fechou Ifood e Clipper, em acordos que não chegavam a dois meses. Com o Ifood, a estratégia avançou, e empresa renovou o contrato até o fim de 2016.