O Corinthians ainda não iniciou as obras do estádio que o clube pretende erguer em Itaquera, que já foi anunciado em agosto do ano passado como sede da abertura da Copa do Mundo de 2014. Ainda assim, o projeto já causou uma mudança significativa na equipe alvinegra: uma divisão no departamento de marketing.
Em função do plano de construção do estádio, o diretor da pasta, Luis Paulo Rosenberg, não tem participado de decisões cotidianas do marketing alvinegro. Ele foi reservado para as implicações das obras, e é chamado para sua área original quando há assuntos de proporção muito grande.
O dia a dia do marketing alvinegro passou a ser tocado por Caio Campos, gerente da área. A despeito de o cargo não ter sido criado oficialmente, Rosenberg foi deslocado para uma espécie de “diretoria de novo estádio”.
A escolha de Rosenberg tem como principal explicação a implicação econômica que o projeto de arena possui para o Corinthians. Qualquer mudança na arquitetura, nos prazos ou na estrutura do estádio pode influenciar diretamente no quanto o clube pode explorar a área.
“Parece que não, mas tudo que acontece ali tem ligação direta com o modelo de negócio e com o faturamento que nós teremos depois com o estádio. Tudo passa pela nossa área”, explicou Rosenberg.
A construção, contudo, ainda não tem sequer uma data oficial para início. Questionado sobre o cronograma, o diretor disse apenas que o começo da construção “está próximo”. “Construir um shopping é bem mais complicado, e nós estamos cansados de ver shoppings sendo erguidos em 30 ou 33 meses”, esquivou-se Rosenberg ao falar sobre a viabilidade de entregar a arena a tempo de abrir a Copa do Mundo de 2014.
Em agosto do ano passado, depois de um veto da Fifa ao Morumbi e de uma fracassada tentativa de erguer uma nova arena em Pirituba, o comitê organizador local da Copa do Mundo de 2014 e as autoridades de São Paulo anunciaram que o estádio do Corinthians abrigaria a abertura da competição.
O estádio será erguido pela construtora Odebrecht, com linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Havia uma previsão inicial de custos em torno de R$ 350 milhões, mas a obra deve consumir algo em torno de R$ 700 milhões.