A Puma colocou mais lenha na fogueira da disputa pela camisa do São Paulo em 2015. Segundo a firma alemã, o clube indiciou Cinira Maturana, namorada do presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, como responsável pela transição entre a Penalty, o fornecedor atual, e a Puma. Com isso, a intermediária também teria direito a comissão pelo contrato do São Paulo com a empresa alemã de material esportivo.
“Somente depois de assinado o acordo, a pedido do presidente do clube [Aidar], a Sra. Cinira Maturana foi indicada como pessoa de contato para a transição entre o fornecedor atual do clube e a Puma”, informou a empresa através de comunicado oficial.
O imbróglio entre a empresa alemã e o São Paulo foi revelado pela Máquina do Esporte com exclusividade.
Segundo a fabricante de material esportivo, os contatos com o São Paulo foram iniciados em 2013 com o então vice-presidente Roberto Natel. No ano seguinte, a Puma foi convidada a participar de uma concorrência, na qual disputou o patrocínio com outra empresa. Pelo clube do Morumbi, participaram da negociação o então gerente de marketing, Gilberto Ratto, hoje na CBF, e Ruy Barbosa, diretor de marketing do São Paulo. Foi quando o clube teria informado que a Puma havia vencido a concorrência.
LEIA MAIS –
Novo patrocínio do São Paulo pode ir parar na Justiça
A partir daí, as versões se chocam. Segundo a Puma, houve a assinatura de um pré-contrato, que passaria a valer após o fim do acordo do time paulista com a Penalty. Já o São Paulo afirma que as partes firmaram apenas uma carta de intenções e que havia pré-requisitos por parte da Puma para que não foram cumpridos. A empresa alemã teria sido, então, avisada que o acordo fora cancelado.
Após esse comunicado é que a Puma tentou contato com Cinira, na tentativa de que a namorada de Aidar intercedesse em seu favor na negociação. Houve troca de e-mails entre as partes.
O São Paulo afirma que não assinará com a Puma em hipótese alguma e que também não irá renovar com a Penalty. Haveria três empresas interessadas na camisa do clube. Hoje, a favorita da concorrência é a norte-americana Under Armour, que estaria inclusive com um contrato em mãos para estudar.