No final do ano passado, a Puma teve perspectiva real de vestir até cinco clubes da elite do Brasileirão. Botafogo, Paysandu e Vitória disputavam a Série B com chances reais de subir para a primeira divisão. Já o Atlético-MG, vice-campeão brasileiro, também vestia Puma.
O início do ano, porém, não foi dos mais alentadores para a marca alemã. A empresa perdeu sucessivamente os contratos com Atlético-MG, Botafogo e Paysandu. O time mineiro recebeu proposta milionária da Dryworld, empresa canadense que optou por investimento agressivo em sua chegada ao Brasil.
O Botafogo, por sua vez, parceiro da Puma desde 2012, não renovou contrato, preferindo assinar com a Topper por três temporadas. Já o Paysandu, que acabou não subindo para a elite, preferiu criar e distribuir sua própria camisa.
“A gente queria continuar com Atlético-MG e Botafogo até pela relação que a gente tem com eles. Mas foi uma situação de mercado”, comenta Fábio Kadow, diretor de marketing da Puma do Brasil, em entrevista à Máquina do Esporte.
Sem eles, a marca passou a focar sua estratégia comercial no Vitória, único parceiro que sobrou na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e em contratos individuais com jogadores.
“Vamos focar no Vitória, que com quem temos contrato no momento, e trabalhar com os atletas. A gente acabou de acertar com o Nenê [atacante do Vasco]. Também temos contrato com o Luiz Henrique, principal revelação do Botafogo”, afirma Kadow.
O executivo lembra que a marca também possui contratos com jogadores de grande visibilidade na Europa, como Fàbregas (Chelsea), Giroud (Arsenal), Balotelli (Milan), Marco Reus (Borussia Dortmund) e Agüero (Manchester City).
Apesar da baixa visibilidade nas camisas de futebol nesta temporada, a Puma não teme a concorrência de marcas novas no mercado, caso de Under Armour, que veste o São Paulo desde o ano passado, e Dryworld, que assinou com Atlético-MG, Fluminense e Goiás.
“A gente entende que a Puma vai se manter como a terceira maior marca no Brasil [atrás de Nike e Adidas]. A Puma não está no futebol há seis meses. Jogadores e atletas confiam e gostam do nosso produto”, comenta Kadow. “Isso não quer dizer que vamos ficar parados. Vamos melhorar cada vez mais.”