Mario Pescante resignou do cargo de vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) na última terça-feira (21), após admitir que estava envergonhado pela saída de Roma da disputa pelos Jogos Olímpicos de 2020.
A disputa foi reduzida a cinco cidades, depois que a capital italiana foi forçada a desistir dela, pois carecia de apoio por parte do governo nacional, mergulhado na crise econômica que atinge também outros países europeus, como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, anunciou que seria “irresponsável” providenciar garantias financeiras para sediar um evento dessa magnitude em uma fase como essa.
“Eu me sinto envergonhado por representar um país que jogou a toalha antes da hora”, disse Pescante, segundo a agência de notícias estrangeira “Reuters”. “A decisão do Monti foi aceita com respeito da minha parte, mas eu tenho de dizer que minha posição no COI não é mais compatível com meu papel”.
O projeto olímpico de Roma era avaliado em US$ 12,5 bilhões, e dinheiro obtido por meio de cobranças fiscais teria de ser usado para cobrir o déficit. Pescante, uma das figuras mais influentes dos negócios no esporte italianos, era o coordenador da campanha do país e continuará na entidade, mas não mais como vice-presidente global.
Roma desistiu da candidatura um dia antes do prazo estipulado para que elas fossem enviadas. Baku, Doha, Istanbul, Madri e Tóquio irão participar da votação, marcada para acontecer em setembro de 2013.