Fundado em 2007, o Red Bull Brasil, time de futebol da marca austríaca de energético, mudou de patamar dentro do cenário esportivo brasileiro neste ano. Classificado à Série A1 do Campeonato Paulista, o clube terá duelos contra as equipes grandes do Estado e terá a possibilidade de disputar uma vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro. Com o sucesso, surgiu o anseio por um novo parceiro, mas sua escolha será necessariamente criteriosa.
Ainda que conte com o suporte da Red Bull, o que rendeu vitórias em campo até agora, o clube está ciente que, para manter-se na principal divisão do Campeonato Paulista, a conta será aumentada. E, como o time pertence à companhia de energético, a busca por um patrocínio extra envolverá uma série de análises sobre a empresa para que não haja qualquer inconveniência na associação entre as duas marcas.
Há dois anos, a Red Bull global já havia dado ao clube brasileiro a autorização para a busca por um novo aporte, mas com restrições, como explicou o presidente do time, Rodolfo Kussarev. “O patrocinador tem que estar alinhado com os valores da marca da Red Bull e tem que pensar em longo prazo”, sentenciou.
Em 2013, houve a primeira experiência: a Oi. Inicialmente, a ideia era colocar a marca na manga do uniforme do time, mas como a empresa mantém um braço ligado à televisão a cabo, legalmente a exposição não foi possível. O acordo não completou um ano, e o próprio clube concluiu que, para dar certo, um aporte futuro terá que, necessariamente, ter um plano de ativação.
Se o modo como funcionou o patrocínio não deu certo para as partes envolvidas, ele pelo menos exemplifica que tipo de parceiro busca a Red Bull. Assim como a marca austríaca, a Oi é envolvida em esportes radicais, com aporte a eventos como a Megarampa. Com a marca de energético, a parceria já tinha até antecedente, com a Red Bull Air Race 2010, no Rio de Janeiro.
Em um mercado complicado, a série de exigência não torna mais simples o trabalho do clube brasileiro, que tem dificuldade até em fazer com que a mídia diga o nome do time por inteiro, e não abreviações como RBB. Mas Kussarev vê vantagem em falar pela Red Bull. “Nós também estamos no outro lado. Sabemos o que é entrega. Nós entendemos as empresas”, concluiu.