A Red Bull anunciou nesta terça-feira (19) que vai trocar de fornecedora de motores a partir do ano que vem. A mudança põe fim a uma parceria de 12 anos com a Renault que foi responsável pelo tetracampeonato mundial de Fórmula 1 da equipe entre 2010 e 2013 com o alemão Sebastian Vettel. A nova parceira será a Honda em um contrato inicialmente assinado por dois anos.
A troca já era especulada há algum tempo na imprensa europeia. Isso porque o relacionamento entre Red Bull e Renault começou a ficar tenso em 2014, após a introdução dos motores híbridos turbo na Fórmula 1. Desde então, a equipe perdeu espaço para Mercedes e Ferrari, e reclama frequentemente de falta de desempenho.
Foto: Reprodução / Twitter (@redbullracing)
“Este contrato com a Honda sinaliza o início de uma nova e empolgante fase nos esforços da Red Bull Racing para competir não apenas por vitórias em Grandes Prêmios mas pelo que é sempre nosso objetivo: campeonatos. Sempre tomamos decisões como esta imparcialmente e com apenas um critério em mente. Acreditamos que o resultado nos permitirá competir em um nível mais alto. Após uma análise cuidadosa e avaliação, estamos certos de que essa parceria com a Honda é a direção certa a tomar”, declarou o chefe de equipe Christian Horner.
Vale lembrar que a equipe Toro Rosso, que pertence à Red Bull, passou a contar com os motores Honda na atual temporada. Para boa parte da imprensa europeia, este já era um sinal de que a mesma mudança seria vista na Red Bull em pouco tempo.
“As discussões ocorreram muito rapidamente, graças à atitude aberta e respeitosa da Red Bull em relação à Honda, levando a um acordo que é justo e equitativo para todas as partes. Ter duas equipes significa que podemos acessar o dobro de dados de antes. Acreditamos que trabalhar com a Toro Rosso e a Red Bull Racing nos permitirá chegar mais perto de nosso objetivo de vencer corridas e campeonatos, construindo duas fortes parcerias”, afirmou o presidente da Honda, Takahiro Hachigo.
A decisão ocorre apenas nove meses depois que a McLaren optou por encerrar prematuramente sua parceria com a Honda devido a falhas regulares nos motores, optando por se juntar à Renault mesmo com uma perda líquida de cerca de US$ 100 milhões. Os resultados da equipe britânica na atual temporada, no entanto, não melhoraram o suficiente, e a troca é bastante contestada pela imprensa europeia.