A relação tumultuada entre Penalty e São Paulo ganhou um novo capítulo na última semana, com um anúncio feito pela marca sobre a despedida de Rogério Ceni dos gramados.
A Penalty enviou à imprensa um convite para uma entrevista coletiva em que seria apresentado o uniforme que Rogério usará em seu último jogo pelo clube. Até aí, nada demais. O evento já estava programado e havia sido “pré-agendado” pela própria Penalty quando houve entrevista para anunciar a manutenção do contrato com o São Paulo até o fim de 2015.
O problema é que o comunicado foi feito sem que clube e atleta fossem avisados. Isso em meio a um crescimento de rumores sobre um possível adiamento da aposentadoria do goleiro, que ainda disputaria a Copa Libertadores de 2015.
Com a repercussão sobre o evento na mídia, São Paulo e atleta dispararam contra a Penalty, que teve de enviar uma nota com pedidos de desculpas a Rogério e ao clube, o que acabou por minimizar o lançamento de seu próprio produto.
Além disso, o São Paulo internamente avalia que medida poderá tomar contra a empresa. Uma ala radical defende até uma busca de direitos na Justiça, o que dificilmente vai ocorrer. Rogério, por sua vez, afirmou “nunca ter visto” algo similar na carreira.
De qualquer forma, a camisa especial já foi colocada à venda. A expectativa da Penalty é de faturar até R$ 4 milhões com a venda dos uniformes. Tanto Rogério quanto o São Paulo têm participação nas vendas. O episódio volta a tumultuar a relação da marca com o clube. Desde que o contrato com a Penalty foi assinado, em 2013, por diversas vezes as duas partes viveram situações conflituosas.
No primeiro ano do contrato, o São Paulo teve de acionar a Justiça e, por pouco, não rompeu o acordo por falta de pagamento. Neste ano, o clube chegou a conversar com outras marcas e até a deixar acertada a base de um contrato com a Puma, mas em outubro houve o anúncio da manutenção do vínculo com a Penalty. Sem outras alternativas no mercado, dificilmente o São Paulo tomará uma medida mais drástica contra a empresa.