Depois de perder o patrocínio da ING, a Renault negou que esteja em busca desse mesmo modelo de parceria comercial para o futuro. Segundo Jean-François Caubet, a ausência de uma grande empresa pode ser compensada com o aumento do investimento da montadora. “Não acho que o futuro para uma montadora deve ser ao lado de um patrocinador principal, como aconteceu no passado”, afirmou o dirigente. “Dez anos atrás, o patrocínio na F-1 era dominado pelo tabagismo. Dois ou três anos depois eram os bancos, mas acho que, no futuro, será impossível encontrar patrocinadores do mesmo tamanho do ING”. A instituição financeira seguiu o caminho da seguradora Mútua Madrileña e deixou a escuderia após o esc”ndalo de manipulação de resultados no Grande Prêmio de Cingapura do ano passado, denunciado por Nelsinho Piquet. O caso culminou com a expulsão de Flávio Briatore do esporte. Na ocasião, o brasileiro foi orientado pela cúpula da escuderia a bater propositalmente contra o muro para favorecer Fernando Alonso, que acabou vencendo a corrida. Pelo caso, a Renault foi advertida pela entidade, mas não terá de cumprir pena por ter admitido a culpa. Além de banir Briatore, a FIA decidiu na última segunda-feira, em audiência realizada em Paris, que a equipe francesa está em “condicional” pelos próximos dois anos. Caso protagonize outro caso grave, a equipe seguirá o caminho de seu ex-chefe. Os pilotos foram inocentados pela FIA por terem contribuído com a investigação. Já o ex-engenheiro Pat Symonds, demitido da Renault junto com Briatore na semana passada, foi suspenso por cinco anos.