O piloto de Fórmula 1 Pastor Maldonado tinha um motivo especial para acompanhar com atenção as eleições primárias realizadas pela oposição venezuelana no último domingo: María Corina Machado, uma das candidatas, era contra o patrocínio nacional ao atleta. A derrota dela no pleito, portanto, representou tranquilidade ao funcionário da equipe Williams.
Maldonado é o único venezuelano na Fórmula 1. Patrocinado pela petrolífera estatal PDVSA, ele disputará em 2012 a segunda temporada na principal categoria do automobilismo mundial.
O patrocínio ao piloto, campeão da GP2 em 2010, é uma das bandeiras da política esportiva de Hugo Chávez, atual presidente da Venezuela. María Corina Machado vinha questionando esse procedimento.
“Eu simplesmente não acho justo que gastemos US$ 66 milhões com esse patrocínio. Temos crianças com necessidades mais urgentes”, disse ela durante a campanha.
No último domingo, contudo, Corina Machado não venceu as eleições primárias da oposição. O pleito foi liderado com folga por Leopoldo López, que teve 62,2% dos 2,9 milhões de votos.
A vitória dá a López o direito de enfrentar Chávez pela presidência da Venezuela. O pleito nacional será realizado no dia 7 de outubro, e o atual comandante tenta um terceiro mandato.