“O legado sócio-ambiental dos Jogos é algo sobre o qual temos, com razão, sofrido críticas”. A frase de Mario Andrada, diretor de comunicação dos Jogos Olímpicos de 2016, foi dita agora há pouco a empresários presentes no fórum “O Esporte como potencial econômico”, no Rio de Janeiro.
Durante apresentação de cerca de meia hora, Andrada mostrou as diferentes transformações feitas na cidade por conta do evento. O legado sócio-ambiental, para ele, é a parte em que ainda há falhas, mas o executivo celebra algumas evoluções, especialmente na polêmica sobre a despoluição da Baía de Guanabara.
“Antes de o Rio ser escolhido sede, 12% do esgoto que caía na Baía era tratado. Hoje, já chegamos a 41%, ainda distante da meta de 80%. Mas a própria percepção da população de que ter a Baía limpa é uma obrigação já é um legado. A partir disso, com as pessoas cobrando a esfera pública para isso, poderemos evoluir”, disse Andrada.
A sustentabilidade dos Jogos é algo que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem pregado às cidades-sedes especialmente após a conturbada edição de Pequim-2008, quando a poluição da capital chinesa chegou a colocar em dúvida a realização da maratona, competição mais tradicional das Olimpíadas.
* O repórter viaja a convite da organização do evento