No dia 19 de fevereiro, começará a nova edição do Rio Open, o maior torneio de tênis realizado no Brasil. Consolidado no calendário do país, a disputa chegará ao seu quinto ano de existência. Ao longo desse tempo, 170 mil pessoas passaram pelas estruturas montadas pela organização, da agência IMM. Ainda assim, o objetivo é reunir cada vez mais gente e, para isso, a disputa deverá ir além do esporte.
“O Rio Open será muito mais do que só tênis; será uma plataforma completa de entretenimento, com arte, música, gastronomia e moda. Para ser sustentável, você tem de focar nessa questão do entretenimento completo. Ainda mais pela cultura do Brasil no tênis”, comentou o diretor do torneio, Luiz Procópio Carvalho, em conversa com a Máquina do Esporte.
As atrações já estão definidas. Haverá, por exemplo, o Espaço Rio Open Arte, em que quatro artistas trabalham em obras relacionadas ao tênis. O valor de venda das peças será doado a parceiros sociais. Na parte gastronômica, haverá parcerias com chefes de cozinha e até uma sobremesa especial do torneio nos restaurantes do Claude Troisgros.
No campo da moda, as atrações estão relacionadas a um dos patrocinadores, a Fila, que fará uma série de produtos para o Rio Open, uma linha especial de roupas. Ela se juntará aos diversos licenciados ligados ao torneio carioca.
Mas talvez a área com maior empenho da organização seja a musical. Pelo segundo ano seguido, haverá shows na estrutura montada. Estão programadas quatro apresentações, sempre após o último jogo do dia. Na frente do bar da Stella Artois, nomes como André Frateschi, vencedor do programa Popstar, da Globo, tocarão para o público presente.
O Rio Open, por outro lado, tem enfrentado um desafio extra graças ao seu próprio crescimento. “No Jockey, nós estamos quase no limite de espaço. E para atrair 50, 60 mil pessoas, precisa de uma área de entretenimento”, comentou Carvalho.
A solução passaria pela mudança ao Parque Olímpico da Barra. O local já conta com uma estrutura completa para o tênis, o que inclui o estádio Maria Esther Bueno, para 10 mil pessoas. O piso, no entanto, não é o saibro, exigido pela ATP pelo espaço ocupado pelo Rio Open no calendário do tênis.
A organização já negocia a alteração do espaço. Além da área extra, o torneio poderia ganhar com a presença de público premium da zona oeste do Rio de Janeiro. Hoje, 30% dos torcedores cariocas no Rio Open são da Barra da Tijuca.