Alijado da convocação da seleção brasileira na última quinta-feira, o atacante Robinho, do Milan, está em conflito com a Nike, empresa de material esportivo que veste o time nacional. A ação corre em um tribunal da Holanda, sede europeia da companhia, e tem relação com a renovação do contrato entre a marca e o jogador de 27 anos.
O problema é que há uma discord”ncia sobre a vigência do acordo. O atacante diz que o vínculo terminou no fim de 2010 e que foi ampliado arbitrariamente, mas a Nike argumenta que o texto lhe assegura renovação automática até 2014.
Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a disputa acontece porque existem duas versões diferentes do contrato. O texto em português diz que as duas partes devem se reunir após o fim do acordo para tratar de uma ampliação, mas o documento em inglês sustenta que a Nike pode renovar automaticamente até 2014 se pagar os mesmos valores dos anos anteriores.
Robinho chegou a usar chuteiras pintadas de preto no fim do ano passado, quando o litígio começou. Em janeiro, ele perdeu disputa em um tribunal de Amsterdã e foi obrigado a retomar o uso de produtos com a marca exposta.
Se a Justiça mantiver a ideia de que o vínculo ainda é válido, a ruptura só poderia ser feita se o atleta pagasse o triplo do que recebeu desde 2002, ano em que assinou seu primeiro contrato com a Nike, incluindo os valores das peças que ele usou.