A Rússia está banida dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 e da Copa do Mundo do Qatar em 2022. A decisão foi anunciada pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e será válida em todos os principais eventos esportivos do planeta pelos próximos quatro anos. A punição, inédita no esporte, deixou a Fifa sem saber o que fazer caso a seleção russa se classifique para o Mundial.
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Na punição mais severa já aplicada, a Wada definiu que os atletas que conseguirem provar que não têm nenhum tipo de ligação com o escândalo do doping russo poderão competir sob bandeira neutra. O problema é que essa hipótese, comum no esporte olímpico, nunca aconteceu no futebol. A Fifa disse que vai recorrer à Wada para entender que procedimento ela precisa tomar caso a Rússia vá à Copa.
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A decisão da Wada foi tomada após perceber falsificação de dados dos controles de doping entre janeiro de 2012 e agosto de 2015 entregues à entidade pela Agência Russa Antidoping (Rusada) em janeiro deste ano. A Rusada havia sido obrigada a entregar os dados como uma condição para a reintegração russa a eventos esportivos mundiais após uma suspensão de três anos pelo escândalo de doping “patrocinado” pelo Estado, relatado pela própria Wada em novembro de 2015 e que teve início pelo atletismo, sendo expandido para os demais esportes.
Vale lembrar que o Comitê Olímpico Internacional (COI) acatou a decisão da Wada e chegou a excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos de Verão do Rio de Janeiro em 2016 e de Inverno de PyeongChang em 2018, mas deixou nas mãos das federações nacionais a decisão de executar ou não a suspensão. Dessa vez, o COI ainda não se pronunciou sobre a decisão, mas indicou que deve seguir a agência.