A Sadia encerrou suas ações no esporte. Por meio de um comunicado, a empresa anunciou o fim do patrocínio à Confederação Brasileira de Futebol três anos antes do término do contrato avaliado em US$ 12 milhões ao ano.
A rescisão com a CBF era um desejo antigo da empresa. Des- de o final de 2014 que a Sadia vem reduzindo o investimento no esporte. A marca já havia deixado o judô, a natação e a ginástica no ano passado, e vinha negociando uma rescisão amigável com a CBF.
A alta do dólar, porém, ajudou a acelerar o processo de rompimento do patrocínio. Neste ano, a marca também decidiu não renovar o title sponsor da Copa do Brasil, que custava R$ 7 mi. A única propriedade mantida pela Sadia no esporte, agora, é o patrocínio aos Jogos Olímpicos.
A marca, porém, não deve fazer grandes ações de ativação no Rio. Com a saída da Sadia, a CBF soma a segunda perda de apoio desde que estourou o escãndalo que levou à prisão José Maria Marin, ex-presidente da entidade, e ao afastamento de Marco Polo del Nero. A Gillette, marca da P&G, já havia saído da entidade.
Em nota, a Sadia não relacionou a saída do patrocínio à crise de imagem da CBF, argumento usado pela P&G para sua saída. Com o fim do patrocínio, a empresa reduziu em R$ 80 milhões os custos anuais com o esporte.
COPA DO BRASIL
Além da baixa da Sadia na CBF, a Copa do Brasil perdeu um dos seus patrocinadores. A Petrobras decidiu rescindir o acordo de patrocínio à competição, que rendia aos cofres da entidade R$ 6 milhões por temporada. Em nota, a petrolífera argumenta que está revendo a política de patrocínios, e que por isso deixará o torneio.
O foco da Petrobras passará a ser propriedades olímpicas e tam- bém os esportes a motor. A em- presa patrocina a equipe Williams na Fórmula 1 e tem vários atletas que disputarão os Jogos do Rio.