A saída do Reino Unido da União Europeia pode ter implicações sérias para a rentabilidade da Premier League, hoje a mais badalada liga nacional de futebol do planeta. Com a limitação de estrangeiros, anteriormente comunitários, a liga inglesa tende a perder atratividade para patrocinadores e competitividade.
Ainda é cedo, porém, para saber quais os efeitos do Brexit para o futuro do Campeonato Inglês. O processo de saída do Reino Unido da EU pode durar uma década. Nesse período, a diretoria da Premier League será a responsável pelas novas regras que serão seguidas no campeonato, de acordo com as normas do governo britânico para a contratação de mão-de-obra estrangeira.
Em 1999, o Chelsea tornou-se o primeiro clube da Premier League a mandar a campo uma equipe apenas com estrangeiros. Para se tornar campeão inglês na última temporada, o Leicester City contou com a participação de craques estrangeiros como o jamaicano Wes Morgan, que ergueu a taça, o francês Kanté e o argelino Mahrez, eleito o craque do campeonato.
Segundo o jornal “The Guardian”, se os critérios exigidos para a contratação de mão-de-obra estrangeira fossem seguidos na Premier League na última temporada, mais de dois terços dos jogadores de fora não se estaria apto a atuar no torneio. De acordo com o jornal, dos 161 não-britânicos, 110 não cumprem a norma para conseguir um visto de trabalho estrangeiro.