Dois anos depois, a Samsung decidiu reeditar o projeto Medalha Azul, que marcou o relacionamento da multinacional coreana com os esportes olímpicos no Brasil em 2007 e 2008. A partir do ano que vem, o programa voltará a guiar os investimentos da empresa no esporte, que desde a saída do Palmeiras haviam perdido espaço na mídia.
“A gente quer fazer um projeto de longo prazo, mirando 2016. Não tem mais um ciclo anual, como nos anos anteriores. A ideia é fazer plataforma duradoura, algo bem sólido, consistente”, afirma o diretor de marketing da Samsung, Carlos Werner.
Em busca desse relacionamento maior com o esporte, o Medalha Azul cresceu em relação ao projeto original. Enquanto que nos dois primeiros anos ele praticamente se limitou ao patrocínio de atletas com potencial de medalha nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e Olímpicos de 2008, agora o projeto se divide em três diferentes plataformas.
A nova versão do Medalha Azul vai abordar a alta performance, os projetos sociais e as parcerias tecnológicas da Samsung com entidades esportivas. “É uma reformulação do plano. O que tinha de bom continua”, diz Werner.
Sem ter todos os atletas definidos, o programa de performance resume-se a uma reprodução do antigo Medalha Azul. A Samsung vai patrocinar atletas de renome, com alto potencial para a conquista de medalha nos Jogos Olímpicos, e outros ainda em início de carreira, mas com chance de obterem bom rendimento.
Natália Falavigna, do taekwondo, é o nome de maior expressão que já está contratado. Na categoria jovem, Damiris do Amaral, atleta da seleção sub-18 de basquete, está na lista. A seu favor, pesa o patrocínio que já havia obtido da Samsung no início do Medalha Azul, em 2007. As duas foram as primeiras atletas a serem anunciadas no projeto, que negocia com outros esportistas novos acordos, todos com prazos de duração distintos.
“Vai depender de como vai se encaixar o atleta no projeto. Nós vamos revisando ao longo do tempo. Ainda estamos agora em processo de seleção dos primeiros patrocinados”, conta Werner.
As duas novidades do plano, porém, são os projetos sociais e as parcerias tecnológicas. No primeiro caso, alguns projetos de formação de atletas terão o apoio, via Lei de Incentivo ao Esporte, da empresa. O aporte, nesse caso, será uma plataforma latino-americana da Samsung, que nos países de língua espanhola terá a versão denominada “Medalla Azul”.
Já a parceria tecnológica envolve o fornecimento de equipamentos para uso de confederações. A primeira a ser anunciada foi a de taekwondo.
“Essa é uma grande novidade que a gente vai começar a introduzir, que é o fornecimento de equipamentos tecnológicos para as confederações aprimorarem os trabalhos de formação de atletas”, diz Werner.
As três frentes de atuação foram apresentadas nesta sexta-feira pela manhã, em evento no Rio de Janeiro. O palco das Olimpíadas de 2016 foi escolhido por motivos óbvios, e também ajudou a reforçar o patrocínio que a própria Samsung detém com o evento (ela é uma das patrocinadoras dos Jogos).