O Santander assumiu uma meta ousada para o continente americano: quer ser o “banco do futebol” na região. E o mais curioso é que o projeto coincide com dois movimentos teoricamente contraditórios. Ao mesmo em que a empresa reduziu o contrato com a Copa Libertadores, rivais têm intensificado o investimento na região.
Dono da cota de title sponsor da Libertadores entre 2007 e este ano, o Santander vai diminuir a participação no evento. A partir da próxima temporada, passará a ser apenas o banco oficial.
Contudo, o banco não diminuirá o volume de investimento financeiro na competição sul-americana de clubes. Além disso, terá um extenso pacote de propriedades para explorar no evento.
“O banco quer deixar de ser o banco da Libertadores para ser o banco do futebol americano. Estamos tratando de não focar apenas isso. Queremos ser o banco do futebol, e também temos patrocínios muito importantes, como a Copa Sul-Americana, a Recopa e a Copa América”, enumerou Enrique Arribas, diretor global de publicidade e patrocínio do Santander. “Mas ficaremos com os mesmos direitos, uma grande presença e promoções. Vamos explorar muito a Libertadores”, completou.
Fora do nome da Libertadores, o Santander ainda acredita que terá mais possibilidade de investir em outras propriedades no futebol. O banco identifica Estados Unidos e México como possíveis focos na modalidade.
No mesmo momento, concorrentes diretos do Santander têm aumentado o investimento no futebol. No Brasil, por exemplo, o Itaú tem contratos com seleção e Copa do Mundo de 2014. A Caixa Econômica Federal anunciou nesta semana um contrato para ser cotista máster do Corinthians, em negócio que movimentará R$ 31 milhões até o fim de 2013.
Além das competições, o Santander tem dois porta-vozes muito fortes para o mercado americano. O banco patrocina o ex-jogador Pelé e o atacante Neymar, principal destaque dos atuais elencos de Santos e seleção.
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