Projeto apresentado pelo Palmeiras em 2007 como potencial salvação para a gestão de seu futebol, a cesta de atletas malogrou. Neste ano, com um formato diferente, o Santos vai resgatar o conceito e oferecer participações em seus jogadores mais jovens para conseguir antecipar receitas. A engenharia financeira tem sido projetada por um grupo de empresários próximos da diretoria que assumiu o Santos no fim do ano passado. Esses torcedores endinheirados devem ser responsáveis pelas cotas. ?Nós estamos trabalhando com a ideia de criar um fundo de investimentos, mas isso só deve ser viabilizado no início do próximo ano. Como precisávamos de receita agora, pensamos nessa engenharia financeira de uma cesta de atletas?, disse Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, durante a inauguração da Casa Brasil em Johanesburgo (África do Sul). No caso do Palmeiras, 15 atletas foram incluídos em uma lista, cada um com uma cotação. Empresários podiam comprar partes desses valores e tinham lucro ou prejuízo de acordo com o montante arrecadado na negociação do jogador. As parcelas variavam entre R$ 20 mil e R$ 75 mil. Apesar de ter usado a mesma terminologia aplicada no exemplo rival, o presidente do Santos lembrou que os dois projetos têm ideias bem diferentes. A principal explicação para isso é que a cesta alvinegra é limitada ao grupo de empresários que acompanha o clube e que, portanto, não tem interesse em negociar os atletas. ?Se eu for comparar, é algo mais próximo ao que o presidente Marcelo Teixeira fez com o Sondas na gestão anterior. A diferença é que fizemos isso apenas com santistas?, disse o mandatário. Neymar e Paulo Henrique Ganso, principais revelações do atual elenco do Santos, não serão incluídos no projeto.